terça-feira, 30 de agosto de 2016

A SOCIEDADE DA APRENDIZAGEM E O DESAFIO DE CONVERTER INFORMAÇÃO EM CONHECIMENTO - Juan Ignacio Pozo

"Vivemos em uma sociedade da aprendizagem, na qual aprender constitui uma exigência social crescente que conduz a um paradoxo: cada vez se aprende mais e cada vez se fracassa mais na tentativa de aprender." (Juan Ignacio Pozo)
     O artigo de Pozo evidencia e explora o paradoxo atual da educação: há cada vez mais pessoas com dificuldades para aprender aquilo que a sociedade exige delas, por outro lado, por conta do advento da internet, nunca houve tantas pessoas aprendendo tantas coisas ao mesmo tempo. Nesse contexto, surge uma nova cultura da aprendizagem; a sociedade exige não apenas cada vez mais conhecimento, mas também uma nova maneira de aprender e gerir o conhecimento. 


     A escola, portanto, deixou de ser a fonte primária de conhecimento. O acesso a informação é muito mais flexível, atraente e volátil do que a própria escola. Dessa forma, mais do que nunca, faz-se necessário formar cidadãos críticos, abertos e democráticos.  



     Pozo destaca cinco tipos de capacidades a serem implantadas nos alunos dessa nova geração. São elas: 


  •  Competências para a aquisição de informação;
  •  Competências para a interpretação da informação;
  •  Competências para a análise da informação;
  •  Competências para a compreensão da informação;
  •  Competências para a comunicação da informação.

     Todavia, ele conclui, mudar as formas de aprender dos alunos requer também mudar as formas de ensinar de seus professores. 

A sociedade marcada por gerações




     A geração BB, ou Boomers, nasceu entre 1945 e 1965. Por terem nascido logo após a Segunda Guerra Mundial, são otimistas em relação a mudança do mundo político. São os pais do movimento hippie e saíram de casa pregando a paz e o amor. São "Workaholics", valorizam o status e o crescimento profissional, além de serem funcionários fiéis às organizações em que trabalham. 



     Os nascidos entre 1965 e 1977 são denominados de "geração X". Céticos e politicamente apáticos, refletem as frustrações da geração anterior e assumem a posição de expectadores da cena política. Ela busca um equilíbrio entre a vida profissional e pessoal e já não dá importância para tanta formalidade no ambiente de trabalho, mantendo a fidelidade aos seus ideais pessoais, e não aos da organização. E já não vê com bons olhos um currículo de 20 anos de trabalho para a mesma empresa


     A década de 90, juntamente com o advento da internet, trouxe a mais nova e atual geração, a chamada "Millennials". É caracterizada por ser mais autocentrada e egoísta, porém, de maneira antagônica, gosta de compartilhar informações pelas redes sociais. Além disso, essa geração é adepta da rapidez e da instantaneidade. Outra característica dessa geração é a indiferença a autoridade; Admiram a competência real e não a hierarquia.



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http://www.pucsp.br/estagios/entendendo-geracoes-veteranos-boomers-x-e-y

http://redeglobo.globo.com/globociencia/noticia/2013/10/veja-caracteristicas-que-marcam-geracoes-baby-boomer-x-y-e-z.html

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Conheça o perfil dos Nativos Digitais




Desafios que as tecnologias digitais nos trazem - José Manuel Moran

     José Manuel Moran é um dos maiores pedagogistas da atualidade. Atuou como professor de Novas Tecnologias na USP e é cofundador do Projeto Escola do Futuro, da mesma universidade. "Desafios que as tecnologias digitais nos trazem" é um dos muitos artigos publicados por esse autor. Nele, Moran expõe uma problemática atual que gera muitas dúvidas e divide os educadores: como aliar as novas tecnologias com a educação?

      O autor explica que o ensino tradicional está completamente ultrapassado e defasado, que é preciso atualizar as ideias acerca educação, de forma que as tecnologias tenham um papel ativo no processo de ensino e aprendizagem. Ela propicia uma aprendizagem mais participativa e integrada, com momentos presenciais e outros com atividades a distância, mantendo vínculos pessoais e afetivos. O professor não precisa ser mais o centro do processo e não há necessidade de  se resolver tudo na sala de aula. Essa ideia utópica (e um pouco assustadora) é aprofundada no decorrer do texto.

    O próprio termo "tecnologias móveis" já apresenta uma ideia de flexibilidade. Ora, então por que obrigar os alunos a ir todos os dias e repetir os mesmos rituais nos mesmos lugares? Não faz mais sentido. A organização da escola em salas, turmas e horários é conveniente para todos – pais, gestores, professores, governantes – menos para os mais diretamente interessados, os alunos. (MORAN, 2013). 

Para saber mais sobre José Moran e suas ideias, consulte: http://www2.eca.usp.br/moran/